Relaxar a Mente – “Shinrin-Yoku” – Banho de Floresta

Todos nós sabemos da felicidade que é andar  no mato, seja uma floresta, bosque ou até mesmo um parque, desde que seja grande o suficiente para não vermos casas, prédios e outras manifestações da civilização.

Porém para muitos de nós a possibilidade de relaxar a mente é algo remoto, que deixamos para depois ou que simplesmente não conseguimos fazer.

No Japão isto está sendo descoberto, e é chamado “shinrin-yoku” , que traduzido significa banho de floresta. Segundo os estudos, alguns momentos numa floresta fortalecem o sistema imunológico e equilibra a pressão sanguínea, entre outros benefícios a nível físico. Esta experiência também mostra diminuição de sentimentos negativos e aumento de sentimentos positivos.

O importante nessa prática é vivenciar a experiência, sem confundí-la com exercício. A caminhada tem que ser devagar, tranquila, com momentos para sentar e simplesmente sentir. Também não é exercício mental e nem meditação. É simplesmente estar lá, sentir os cheiros, ouvir o vento nas folhas; e pemitir que seu corpo se expresse, se ele assim o desejar.

 

Segundo os pesquisadores as árvores emitem substancias para sua própria proteção, e a captação destas substancias são altamente curativas paras os seres humanos.

Recentemente eu fiz uma caminhada numa floresta do norte do Canadá. Infelizmente não foi um “shinrin-Yoku”, pois era um grupo de umas 30 pessoas, com um guia. Mesmo assim foi maravilhoso, especialmente pelas explicações sobre as árvores e suas relações entre si. Conhecemos ali um mundo mágico, inteligente e integrado. As árvores não são seres solitários, elas se comunicam umas com as outras, se ajudam. Tem uma espécie, que quando atacada por formigas emite uma substância no ar avisando às outras que estão próximas. Estas, ao serem avisadas  fabricam uma substância que afugenta as formigas e assim são salvas.

Voltando ao banho de floresta, as sugestões são para que as pessoas estudem o local para onde estão indo, tenham mapas, evitem ir sozinhas se não conhecerem bem a região. É bom  sempre avisar a alguém para onde está indo, caso haja algum problema. É preciso também consultar a previsão do tempo, levar agasalhos, alguma comida e água. Não acender fogo, não colher plantas para levar para casa e não incomodar os animais. Enfim, esta deve ser uma sessão de cura e integração com a natureza.

Embora em geral não moremos próximo a alguma floresta, uma pesquisa sobre as redondezas de onde vivemos podem nos trazer ótimas supresas. Reservas florestais podem ser encontradas bem mais próximo das nossas casas do que havíamos imaginado.

Maria Couto

Um Comentário:

  1. grandes e pequenas árvores em especial e pela flora toda, sempre tive admiração e respeito, sinto-me muito bem em cima e ou recostado aos troncos das árvores sobretudo as mangueiras, gosto do cheiro, da energia, da imponência e humildade delas, não sabia mas faço banho de floresta desde pequeno, recentemente foi-me dado o prazer de poder comprar um pedacinho de terra, já plantei 38 espécies de árvores frutíferas, para todos, e 5 árvores de frutas para passarinhos, vou tirar fotos e te enviarei, sem ciúmes nenhum, para que possam conhecer
    minhas amadas.

    • Caro Donizeti,

      Eu também amo as mangueiras. Quando eu era criança, numa cidadezinha de Minas Gerais, eu tive a sorte de morar numa casa que estava situada num terreno enorme, cheio de mangueiras. Eu adorava pegar meus livros e estudar sentada nos galhos de uma delas. E havia também uma junto à cerca (que era baixinha) e debaixo da qual, do lado de fora, havia uma antigo banco de madeira. Fiquei inconformada quando soube que os novos donos as havia cortado (para não ter o trabalho de juntar as mangas que caiam), mas de vez em quando me lembro delas com um sorrirso de gratidão.

      Parabéns pelo seu terreno, e que Deus o abençõe! Mande as fotosque publicarei com carinho.

      Abraço,
      MC

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